A “crise de cálculo renal” consiste na emergência mais frequente na prática urológica. Trata-se de um quadro súbito de dor na região lombar (das costas) de forte intensidade que costuma migrar pra região anterior do abdome (flancos), podendo ser acompanhada por vômitos, calafrios, febre e até mesmo eliminação de sangue na urina (hematúria). Esse quadro, mais frequentemente, costuma acontecer quando algum cálculo no interior do rim é deslocado pelo fluxo urinário e se dirige em direção ao canal urinário denominado ureter , cuja função é transportar a urina produzida nos rins em direção à bexiga. Nesta situação, o cálculo causa algum grau de obstrução ao fluxo urinário ureteral, provocando dilatação renal por acúmulo de urina (hidronefrose) e, consequentemente, dor.
O tratamento da crise de cálculo renal se inicia com o controle dos sintomas do paciente, permitindo alívio da dor. Em casos que cursam com infecção urinária associada, o uso de antibióticos também pode ser necessário.
Controlado os sintomas do paciente, é hora de decidir entre tratamento conservador ou necessidade de cirurgia. Esta decisão passa necessariamente pela realização de exames de imagem como ultrassom ou tomografia. Estes exames permitem uma adequada caracterização do tamanho e da localização exata do cálculo dentro do trato urinário.
Nos casos de cálculos pequenos sem infecção associada e com sintomas controláveis, o urologista pode optar por uma conduta conservadora, fazendo uso de determinadas medicações que podem vir a colaborar com a eliminação espontânea do cálculo.
O tratamento cirúrgico pode ser necessário nos casos mais graves e com cálculos maiores e obstrutivos, que impedem sua eliminação espontânea. Neste casos, a modalidade cirúrgica mais comumente utilizada é a Ureterolitotripsia transureteroscópica. Nesta técnica, utiliza-se um percurso natural, que é a uretra e os ureteres, para acessar o cálculo e promover sua fragmentação. Portanto, não há “cortes”nessa cirurgia. Utiliza-se de uma fonte de energia a laser para fragmentação do cálculo e é por este motivo que os paciente costumam se referir a esta modalidade cirúrgica como uma “cirurgia a laser”.
Após a resolução do cálculo, é bastante frequente a necessidade de se deixar uma cateter duplo-j no ureter, que funciona como um dreno pra ajudar a escoar a urina do rim para a bexiga enquanto o ureter se recupera do trauma sofrido pelo cálculo.
A ureterolitotripsia é uma cirurgia de baixo risco quando bem indicada pelo urologista e que permite um retorno precoce do paciente às suas atividades.
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Dr. Raphael Farias
Urologista – TiSBU
CRM-CE 10893 RQE 6045